Reviravolta no caso Geremias: tio da criança é preso como principal suspeito.
Cães farejadores ajudaram a encontrar o menino morto e esquartejado nos fundos da casa de Isaac Marcano
O Cidade Alerta acompanha o caso sobre o desaparecimento do venezuelano Geremias, de 7 anos, que sumiu após brincar em um campo de futebol, em frente a residência onde morava, na zona sul da capital paulista.
No dia em que desapareceu, Geremias estava brincando no campo acompanhado de algumas outras crianças de idades próximas. A avó estava sentada na porta de casa observando a criança. No entanto, por volta das 15h, dona Carmem precisou entrar por alguns minutos. Quando retornou para chamar o garoto, percebeu que ele já não estava mais lá.
Após a reportagem do Balanço Geral na última terça (30), novas pistas surgiram. Uma câmera de segurança flagrou o grupo perto de um comércio e dois suspeitos foram levados para a delegacia para prestar depoimento. Em seguida, foram liberados por falta de provas.
Na tarde de quarta (31), a polícia colocou cães farejadores nas buscas e encontram o corpo do menino Geremias enterrado nos fundos da casa do tio Isaac Marcano. Ele era o pai de criação e quem tinha a guarda da criança. Após encontrarem o corpo, Isaac e seu companheiro Leonardo Silva viraram suspeitos.
Os dois deram entrevista no dia anterior, aparentavam estar desesperados com o sumiço de Geremias e contrataram o doutor Roberto Guastelli como defesa. O profissional conversou ao vivo com Luiz Bacci e deu detalhes sobre a reviravolta no caso.
Segundo o advogado, os suspeitos não queriam que ninguém entrasse na residência. Eles disseram que o local estava com um cheiro muito forte, com a desculpa de que teriam ratos mortos no quintal. De acordo com os suspeitos, os cachorros teriam matado os animais e, com o desaparecimento, eles não tiveram tempo de limpar.
Guastelli ainda apontou a contradição de Isaac em relação ao horário de desaparecimento. No primeiro dia, ele disse que Geremias sumiu por volta de 16h30. Na quarta (31), ele afirmou ter sido entre 19h e 20h. Além disso, durante as buscas na madrugada, o jovem já mudou o comportamento e se mostrava inseguro.
Ainda segundo o advogado, os suspeitos também mentiram sobre a data do desaparecimento. Os peritos informaram que a criança estaria morta há, pelo menos, oito dias, e o sumiço foi registrado há cinco. Além disso, o corpo de Geremias apresentava sinais de estrangulamento e ele teria sido esquartejado.
Isaac e Leonardo garantiram inocência, mas foram encaminhados algemados até a delegacia. No caminho, os agentes separaram os suspeitos em carros diferentes. Segundo a investigação, eles deram versões diferentes. O delegado poderá pedir prisão temporária de ambos.