Preços dos alimentos sobem novamente; VEJA NÚMEROS
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (8) que a inflação oficial do país apresentou uma desaceleração, atingindo 0,42% em janeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou uma queda de 0,17 ponto percentual em comparação com dezembro, quando havia variado 0,56%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresenta uma alta de 4,51%. Em janeiro de 2023, a variação havia sido de 0,53%.
O desempenho deste mês foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos e bebidas, que apresentaram um aumento de 1,38%. No subgrupo de alimentação no domicílio, observou-se um aumento de 1,81%. Contribuíram para esse cenário as elevações nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).
“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. É a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).
Em janeiro, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento. Após a categoria de alimentação, destacou-se o crescimento em Saúde e cuidados pessoais, contribuindo com 0,83% e 0,11 ponto percentual no índice geral.
Por outro lado, o grupo Transportes registrou uma queda no índice de janeiro, principalmente devido à diminuição nos preços das passagens aéreas, após uma sequência de aumentos. Esse subitem teve o maior impacto individual no índice do mês, com uma variação de -15,22% e uma contribuição de -0,15 ponto percentual.
Os demais grupos variaram entre -0,08% em Comunicação e 0,82% em Despesas pessoais.
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio, observou-se uma desaceleração em janeiro (0,25%), em comparação com o mês anterior (0,53%). Tanto os lanches (0,32%) quanto as refeições (0,17%) apresentaram aumentos menos expressivos do que os registrados em dezembro (0,74% e 0,48%, respectivamente).
No segmento de Saúde e cuidados pessoais (0,83%), os itens relacionados à higiene pessoal tiveram um aumento de 0,94%, impulsionado pelo crescimento nos preços dos produtos para a pele (2,64%) e dos perfumes (1,46%). Planos de saúde (0,76%) e produtos farmacêuticos (0,70%) também registraram elevações em janeiro.
No grupo Habitação (0,25%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,64%) foi impactado pela inclusão de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,79%), Fortaleza (-0,27%) e Salvador (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, bem como pelo reflexo do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco (5,00%), a partir de 13 de dezembro.
Quanto aos combustíveis (-0,39%), observou-se uma redução nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular (5,86%) teve um aumento. O subitem táxi apresentou um aumento de 1,25%, devido aos reajustes em 1º de janeiro, sendo 4,21% no Rio de Janeiro (3,95%) e 4,61% em Salvador (4,31%).
Variação da inflação
Janeiro/2023 – 0,53%
Fevereiro/2023 – 0,84%
Março/2023 – 0,71%
Abril/2023 – 0,61%
Maio/2023 – 0,23%
Junho/2023 – -0,08%
Julho/2023 – 0,12%
Agosto/2023 – 0,23%
Setembro/2023 – 0,26%
Outubro/2023 – 0,24%
Novembro/2023 – 0,28%
Dezembro/2023 – 0,56%
Janeiro/2024 – 0,42%
As informações são de R7/Com IBGE