PM que matou jovem com tiro à queima-roupa durante manifestação é preso

O militar vai responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), segundo a corporação

O policial militar que matou um jovem, de 25 anos, com um tiro de fuzil disparado à queima-roupa, durante uma manifestação no Rio de Janeiro, foi preso em flagrante na noite desta quinta-feira (8).

O cabo da PM vai responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) após ter sido ouvido na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.

Ele vai ser encaminhado para a Unidade Prisional da Corporação, em Niterói, na região metropolitana.

A arma do agente e as imagens registradas pela câmera acoplada no uniforme foram entregues à investigação, segundo a corporação.

Policial teria alegado disparo acidental
O policial militar prestou depoimento na Divisão de Homicídios da Capital, onde o caso também foi considerado homicídio culposo.

De acordo com informações iniciais, o militar teria alegado que o disparo a curta distância que atingiu a vítima foi acidental.

As investigações serão conduzidas pela Justiça Militar, segundo a PM.

Vídeos gravaram momento do tiro; familiares disseram que agentes não ajudaram a socorrer a vítima
Jefferson de Araújo costa, de 25 anos, estava em uma manifestação contra uma operação policial no Complexo da Maré, para recuperar um caminhão-cegonha que transportava carros de luxo.

Segundo familiares de Jefferson, quando os policiais militares chegaram para intervir no protesto, houve lançamento de spray de pimenta.

Vídeos registraram de diferentes ângulos o momento em que o PM se aproximou da vítima, às margens da avenida Brasil.

Na imagem gravada por um celular, é possível ver que o agente fez um movimento como se fosse usar a arma para bater no rapaz — momento em que o fuzil disparou.

Familiares disseram à RECORD que os agentes não prestaram socorro a Jefferson. O jovem foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas já chegou sem vida à unidade.