Creatina e whey: como agem os dois suplementos mais consumidos por quem pratica esporte
Ambos apresentam funcionalidades para quem pretende ganhar músculos, mas elas se diferem entre si
Quem está começando a frequentar a academia provavelmente já ouviu falar pelo menos uma vez sobre a creatina ser uma alternativa para potencializar a musculação. Ou como o Whey protein é o suplemento mais recomendado àqueles que querem ganhar massa muscular.
Mas, afinal, o que é a creatina?
Os suplementos são considerados fontes extras de nutrientes, proteínas, enzimas ou probióticos ao organismo humano. A creatina, por exemplo, é feita a partir de um conjunto de aminoácidos que atuam como um combustível para os músculos esqueléticos e pode promover o crescimento muscular quando combinado com o exercício.
Como a creatina age no corpo?
O armazenamento dessa substância ocorre, principalmente, nas fibras musculares, e uma parte menor vai para o cérebro. Ao longo do dia, o corpo reabastece naturalmente a creatina em seus músculos, mas os suplementos ajudam a “abastecer o tanque”.
Além disso, o consumo de creatina por pessoas saudáveis nas doses recomendadas não faz mal para a saúde. Até o momento, não há evidências científicas que sustentem que o uso do suplemento possa causar alguma lesão renal em pacientes saudáveis. Em pessoas com problemas nos rins, os resultados dos estudos até agora foram inconclusivos. Ou seja, o uso não traz riscos, desde que dentro das doses recomendadas.
E o Whey protein, o que ele é?
Ao lado da creatina, o whey protein é um dos mais famosos suplementos entre frequentadores de academia. Feito de proteína em pó extraída do soro do leite, ele contém aminoácidos que são considerados essenciais para a construção de músculos e tecidos do corpo, como a alfa-globulina e a beta-globulina.
Como o Whey protein funciona?
O suplemento é indicado para pessoas que não conseguem obter a quantidade de proteína necessária por dia apenas através da alimentação. Em geral, é usado por atletas que praticam esportes aeróbicos de longa duração e pessoas que buscam hipertrofia, ganho de força e potência muscular. Mas esse suplemento também pode ser um bom aliado para idosos, pessoas que não gostam ou não comem proteína animal, além de pessoas com obesidade e pacientes internados na UTI.
Como o produto é em pó, pode ser ingerido de diversas formas, como dissolvido em água, sucos e shakes, ou junto aos alimentos. A recomendação é que esse consumo seja feito de forma fracionada ao longo do dia.
Em uma publicação sobre o assunto em sua coluna no GLOBO, o professor de educação física Marcio Atalla, explica que o consumo de proteína diário deve variar entre 1,2 a 2 gramas por quilo de peso. Um exemplo seria uma pessoa com 80 quilos deveria consumir de 96 a 160 gramas de proteína por dia. Contudo, esta variação deve levar em conta sexo, idade, objetivo, algum tipo de doença, entre outros.
Como escolher o tipo de Whey protein?
Existem três tipos diferentes de whey protein, de acordo com a concentração das substâncias: isolado, concentrado e hidrolisado.
Isolado: geralmente, contém cerca de 90% de proteína e um teor muito baixo de outros compostos, como carboidratos e gorduras. Essa característica possibilita uma absorção mais rápida.
Concentrado: passa apenas por uma filtragem e conserva outros compostos como carboidratos, incluindo a lactose, minerais e gorduras do leite. Tende a ser mais barato, mas tem menor teor proteico e absorção mais demorada do que os outros tipos de whey.
Hidrolisado: versão isolada que passou por um processo de quebra dos aminoácidos, facilitando a digestão e absorção. É o mais caro entre os três tipos e tende a oferecer menos BCCA que o whey isolado.
Para ter certeza de qual tipo whey protein escolher, é importante consultar um especialista para obter um acompanhamento profissional.