Chefe de milícia é executado em quiosque no Recreio-RJ

Sérgio Rodrigues da Costa Silva, conhecido como Sérgio Bomba, chegou a ser preso em 2017.

Um homem foi executado em um quiosque na Praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite deste domingo (21).
Sérgio Rodrigues da Costa Silva, conhecido como Sérgio Bomba, era apontado como chefe da milícia de Sepetiba e chegou a ser preso em 2017.

Sérgio Bomba estava com a namorada em um quiosque próximo ao Posto 12 quando, por volta das 20h50, um homem chegou atirando. O miliciano morreu na hora, e a mulher nada sofreu.
Em 2017, Sérgio Bomba foi preso na Operação Horus.

Segundo as investigações, a milícia que ele comandava cobrava taxas de moradores e de comerciantes, grilava terras e clonava veículos roubados.
Testemunhas relataram ainda que Sérgio escapou de um atentado no sábado (20). O Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público investiga a participação de Sérgio na milícia de Sepetiba.

Em dezembro de 2023, a região do Terreirão registrou dois ataques com mortos eferidos em menos de 48 horas. No dia 21, Lucas de Oliveira Silva, de 25 anos, e Caio Henrique da Silva Souza, 30, foram assassinados a tiros em uma rua da comunidade. Um terceiro homem também foi baleado, mas sobreviveu. No dia 23, um outro atentado, na Avenida Canal das Taxas, deixou um homem de aproximadamente 20 anos gravemete ferido.
A região do Recreio e da Barra da Tijuca, em especial a comunidade do Terreirão, que fica próxima ao local do cr1me, tem enfrentado uma rotina de violência. A área sofre com uma disputa entre milicianos e traficantes ligados a Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso em 24 de dezembro de 2023, e Leandro Xavier da Silva, o Playboy, morto em um confronto com a Polícia Civil no Complexo da Maré, na Zona Norte, em 29 de junho do ano passado.

Em 5 de outubro de 2023, os médicos Diego Bonfim, 35 anos, Marcos de Andrade Corsato, 62, Perseu Ribeiro Almeida, 33, e Daniel Sonnewend Proença, 32, foram atacados a tiros, quando estavam em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, em frente ao Hotel Windsor, na Barra. Um dos criminosos chegou a voltar para atirar mais uma vez em uma das vítimas, que tentava se refugiar atrás do estabelecimento. Mais de 30 tiros foram disparados contra eles.
Horas depois do cr1me, a Polícia Civil encontrou quatro corpos de traficantes suspeitos de participarem da morte dos médicos, dentro de dois carros, nos arredores da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, na mesma região. As investigações apontam que os suspeitos podem ter sido mortos pelo ”tribunal” do tráfico do Complexo da Penha, na Zona Norte, porque a facção Comando Vermelho (CV), da qual faziam parte, estaria contrariada com a repercussão do caso, já que inocentes morreram.

 

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