Mulher agredida por síndico relata medo; suspeito é PM e tem histórico de agressão
Em suas redes sociais, ela compartilhou fotos do rosto ensanguentado e marcado pela violência. Foram feitos, ao todo, cinco pontos na regulação do rosto.
Mariana Lopes Meneses, de 24 anos, que foi brutalmente agredida no início da manhã deste domingo (14) pelo síndico Manfredo Vertunes Pereira após questioná-lo sobre um forte cheiro de gás no apartamento, explicou o caso e afirmou que se sente insegura, visto que o agressor, segundo ela, trata-se de um Policial Militar do Piauí: “Eu estou bem, com bastante medo ainda, porque ele está foragido”.
Com exclusividade à reportagem do MeioNorte, Mariana conta que estava retornando de um churrasco com o noivo, o empresário Alexandre Rodrigues Vieira. Ao adentrar no prédio em que reside, na rua Orquídeas, bairro Jóquei, zona Leste de Teresina, o casal sentiu um forte cheiro de gás, e decidiu averiguar pelos corredores.
“A gente chegou em casa por volta das 3h50, e assim que saímos do elevador, sentimos um cheiro horrível de gás, muito forte, e saímos correndo para nossa casa. Mas, não era o nosso apartamento […] e fomos ver qual era os apartamentos […] o cheiro mais forte era no 8 andar”, explicou Mariana Meneses.
A jovem conta ainda que após identificar o andar telefonou ao porteiro, que aconselhou desligar o registro do botijão, porém a peça apenas o síndico tem acesso, pois é entubado. Então, o casal tentou contato com ele através do interfone, porém sem sucesso. Mariana e Alexandre se dirigiram ao apartamento de Manfredo, que atendeu o casal de forma “insípida”.
“Ele (sindico) disse que não ia desligar porque era final de semana e não trabalha, e como só ele pode fazer, poderia falar para o porteiro para desligar, a fim de não acontecer algo pior, de repente uma explosão. Ele disse que não ia fazer isso, aí eu falei “mas acho que isso é o dever do senhor”, ele se alterou e me deu um murro no rosto e a esposa dele o puxou e trancou a porta (impedindo que o noivo defendesse a jovem)”, disse Mariana.
CASAL NÃO ESTAVA ALTERADO
Questionada pela reportagem se tanto ela quanto o namorado estariam “alterados”, ela afirmou que chegou de forma tranquila e que “em nenhum momento foi grosseira”. Ela ainda citou que mora no condomínio há 1 ano, e durante este período manteve uma amizade saudável com os moradores.
SÍNDICO FICOU INCOMODADO PELO HORÁRIO
Mariana Meneses acredita que o síndico teria ficado incomodado devido ao horário, porém “um vazamento de gás não tem horário, se esperasse mais tempo talvez o vazamento fosse maior”. Após a violência, o casal acionou a Polícia Militar, porém não conseguiu ter êxito na prisão do síndico, pois ele “saiu em um carro em alta velocidade”.
AGRESSOR É PM E TEM HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA
A vítima pontuou que Manfredo Vertunes Pereira é policial militar e tem histórico de agressão verbal contra os moradores do prédio. Até a última atualização desta reportagem, ele não se manifestou sobre o ocorrido e encontra-se foragido.
“No grupo ele não falou nada, todo mundo aterrorizado. Algumas pessoas relataram que ele já foi agressivo. Já tem esse histórico. A gente está tomando as medidas cabíveis. Eu quero que ele seja encontrado para ser preso. Eu não fiz nada. Estou em choque, sem acreditar”, finalizou Mariana Menezes.
MARCAS DE VIOLÊNCIA
Após prestar depoimento, Mariana foi encaminhada para o hospital. Em suas redes sociais, ela compartilhou fotos do rosto ensanguentado e marcado pela violência. Foram feitos, ao todo, cinco pontos na regulação do rosto, e tomografias. “Eu estou com meu rosto muito inchado, dor na arcada dentária, ele perfurou minha bochecha com soco”.