Vírus mortal iniciando no Brasil se espalhando aos poucos
A virada do ano no Guarujá, litoral paulista, foi marcada por um ‘surto de virose’ que levou muitos turistas e moradores em busca de atendimento médico, sobrecarregando o sistema de saúde município. Entre os relatos estavam sintomas de náuseas, vômitos, diarreia e dores intensas na barriga. Municípios vizinhos, como Praia Grande, também observaram aumento de ocorrências… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2025/01/05/o-que-se-sabe-sobre-as-causas-de-surto-de-virose-no-guaruja.htm?cmpid=copiaecola.
Na quarta-feira (1o) e sexta-feira (3), hospitais públicos e privados da cidade testemunharam extensas filas de pacientes. Em algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a espera chegava a ultrapassar quatro horas. Na UPA Enseada, o fluxo de pacientes era intenso. Numerosos estavam amontoados no edifício, enquanto outros esperavam por atendimento de pé ou sentados no chão na área externa. Foi possível ouvir pessoas vomitando dentro da área de atendimento do lado de fora.
Na sexta-feira, a Administração Municipal do Guarujá declarou que solicitou à Sabesp uma investigação sobre possíveis vazamentos e conexões clandestinas de esgoto na área da Enseada, que poderiam estar ligados ao crescimento de casos de virose na cidade. Ademais, a cidade aguarda os resultados de exames laboratoriais de amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz visando elucidar a origem dos casos de gastroenterocolite aguda, uma enfermidade que provoca inflamações no estômago e intestino, causando dores, diarreia e, em alguns casos, febre.
Alessandra Lucchesi, chefe da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, declarou que as pesquisas em andamento devem trazer as respostas para essas perguntas na próxima semana. Principalmente no Guarujá e na Praia Grande, o monitoramento continua. De acordo com ela, atualmente, todos os relatórios e parâmetros apresentados pela Sabesp estão segundo o esperado. Agora, diante de um surto, no processo de investigação epidemiológica, além de coletar amostras de fezes de indivíduos durante a fase aguda da diarreia, também sugerimos a coleta de amostras de água para a análise. “Já orientamos a equipe da Vigilância Sanitária Municipal a coletar água para realizarmos testes de vírus, bactérias e parasitas”, afirmou ela.
Por outro lado, a Sabesp afirmou que tomou providências para verificar as solicitações da prefeitura e forneceu as informações requeridas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A empresa informa que está acompanhando o sistema de esgoto da Baixada Santista e que “está funcionando de maneira normal”. É importante ressaltar que chuvas intensas podem sobrecarregar o sistema de esgoto devido à entrada irregular de água de chuva, uma vez que o sistema não foi concebido para esse propósito.
No sábado (4), segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Guarujá, a média de tempo para consultas médicas em algumas unidades era de aproximadamente 1 hora. Na manhã de domingo (5), o movimento de pessoas está dentro da normalidade, segundo a secretaria. Marco Chacon, coordenador da Vigilância Sanitária de Guarujá, está convencido de que o pico da virose já passou, graças às ações implementadas. A ampliação da infraestrutura, com a adição de mais médicos, enfermeiros e locais para a aplicação de soro, produziu efeitos. Atualmente, as salas de emergência e soroterapia dos Prontos Socorros (PSs) estão desocupadas, não existem mais filas e as Unidades de Saúde da Família exibem um fluxo de pessoas dentro do normal.
As unidades de Saúde da Família localizadas nos bairros Jardim dos Pássaros, Vila Rã e Cidade Atlântica, que anteriormente prestavam apenas atendimento eletivo das 7h às 17h, agora funcionam até as 22 horas, sem a exigência de marcação prévia de consultas. O serviço em horário estendido continua até este domingo, com a possibilidade de expansão em caso de necessidade.
“Trata-se de uma onda, que, ao que parece, já deixou o Guarujá”, afirma Chacon. “Queremos descobrir a origem da virose, que começou ainda antes do Natal, e só os laudos trarão essa resposta. A onda de infecção agora migrou para as cidades vizinhas, o que é muito comum em casos de viroses causadas, provavelmente, por norovírus, transmitidos por água contaminada”, avalia ele… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2025/01/05/o-que-se-sabe-sobre-as-causas-de-surto-de-virose-no-guaruja.htm?cmpid=copiaecola.
Em sete pessoas, viajamos para o Guarujá. Carolina Simões, uma engenheira civil de 28 anos, relata que todos ficaram doentes. Ela e seus colegas partiram para a cidade no dia 27. Assim como muitos dos nossos visitantes, começaram a manifestar sintomas a partir do dia 1o de janeiro, um após outro. A família de Paulo Moraes, de 49 anos, passou pelo mesmo. O marido começou a apresentar sintomas na quinta-feira. “Ele teve apenas diarreia.” Posteriormente, sofri de diarreia e comecei a vomitar. Minha filha também teve problemas de saúde.
No mês de dezembro, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Guarujá realizaram 2.064 atendimentos. Não apenas as unidades de saúde estavam superlotadas, mas também foram relatados problemas para encontrar medicamentos e farmácias superlotadas. Ainda não se sabe se a situação excede o esperado para o período ou até mesmo o que foi registrado em anos anteriores.