Rio Grande do Sul tem 13 barragens em alerta e 5 delas obrigam evacuação
Na tarde desta quinta-feira (2 de maio), a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) divulgou que o Estado do Rio Grande do Sul possui 13 barragens em alerta de risco de rompimento. Cinco dessas barragens já estão em processo de evacuação. Além disso, outras cinco barragens, destinadas à geração de energia elétrica, estão sob monitoramento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS).
As cinco barragens para as quais a Defesa Civil orientou a evacuação são: barragem Santa Lúcia, em Putinga; barragem São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; barragem Belo Monte, em Eldorado do Sul; barragem Dal Bó, em Caxias do Sul; e barragem Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha. Moradores de municípios como Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado foram orientados a deixar áreas de risco e buscar abrigos seguros durante a elevação do nível do rio.
O barramento 14 de Julho, em Cotiporã, colapsou nesta quinta-feira devido às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, causando danos materiais e mortes. Após o rompimento em Cotiporã, o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, determinou que a administração estadual entrasse em contato com os municípios localizados após a barragem 14 de Julho para evacuar áreas de risco. Ele alertou para a velocidade com que a água poderia descer em direção a Santa Bárbara e Santa Tereza, enfatizando o risco causado pela vazão a partir da barragem 14 de Julho.
Além disso, a Aneel e o ONS estão monitorando outras cinco barragens de geração de energia elétrica que estão em estado de atenção: Capigui, em Passo Fundo; Guarita, em Erval Seco; Herval, em Santa Maria do Herval; Passo do Inferno, em São Francisco de Paula; e Monte Carlo, entre Bento Gonçalves e Veranópolis.
No final da tarde desta quinta-feira, o governo estadual confirmou que o número de mortos chega a 29, com 60 pessoas desaparecidas. Pelo menos 10 mil pessoas foram afetadas e estão desabrigadas, enquanto 213 municípios enfrentam transtornos.