Remédio proibido nos EUA é comum no Brasil e não precisa de receita

Descubra uma curiosidade sobre o mercado farmacêutico brasileiro: existe um remédio que você já tomou, mas que é proibido em muitos países.

Os brasileiros têm uma tendência a frequentar as farmácias, impulsionada pela forte publicidade de medicamentos e seu uso generalizado. Porém, um fato pouco conhecido é que um medicamento muito utilizado no Brasil é proibido em outros lugares do mundo.

A dipirona, um remédio popular no Brasil para tratar febres e dores, é amplamente vendida, com mais de 215 milhões de doses comercializadas apenas em 2022, segundo a Anvisa. No entanto, em países como a União Europeia e os Estados Unidos, a dipirona não é tão popular devido ao risco de agranulocitose, uma condição grave no sangue.

Alertas sobre esse risco associado à dipirona foram emitidos desde as décadas de 1960 e 1970, especialmente após estudos que mostraram a incidência de agranulocitose em pessoas que consumiram aminopirina, uma substância semelhante. Isso levou à retirada da dipirona do mercado nos Estados Unidos em 1977 e a decisões semelhantes em outros países.

No entanto, pesquisas mais recentes desde os anos 1980 trouxeram novas evidências sobre a segurança do medicamento. Estudos demonstraram uma incidência muito baixa de agranulocitose entre os usuários, levando a debates contínuos sobre sua utilização e proibição em alguns países. Isso destaca a importância da constante revisão das políticas de saúde pública em relação ao medicamento.