Preso que acompanhou morte de candidata a vereadora e irmã por videochamada é isolado em penitenciária
Estado apura acesso de telefone celular de dentro da penitenciária. Detento passou cerca de três horas em videochamada com os executores do cr1me, onde ordenava sessões de tortura contra as vítimas.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) isolou, nesta segunda-feira (16), o preso suspeito de encomendar a morte das irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, candidata a vereadora de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, no sábado (14).
Segundo o delegado Higo Rafael, o criminoso passou cerca de três horas em videochamada com os executores do cr1me, ordenando as sessões de tortura de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as questões do acesso ao telefone celular de dentro do presídio.
Ao todo, dez pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento nos assassinatos, mas uma menor de idade foi liberada após a participação dela ter sido descartada pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos maiores de idade devem responder por sequestro, cárcere privado, tortura, duplo homicídio, homicídio tentado, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Já os adolescentes foram detidos em ato infracional análogo aos mesmos cr1mes, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
CRIME: Candidata a vereadora e irmã são mortas após serem sequestradas em saída de evento
SEQUESTRO: Vídeo mostra momento em que candidata a vereadora e irmã são sequestradas
MOTIVAÇÃO: Imagem mostra candidata a vereadora e irmã fazendo suposto símbolo de facção
O cr1me
O cr1me ocorreu, segundo o delegado, porque as vítimas teriam tirado uma foto no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que as irmãs, o irmão das vítimas e o namorado de Rithiele sendo levados ao cativeiro pelos criminosos. (assista abaixo)
Durante as agressões, os suspeitos exigiram dinheiro das vítimas para não matá-los. Um dos jovens conseguiu fugir do cativeiro e foi até a delegacia. Segundo a família, o irmão das vítimas está no hospital e internado em estado de saúde estável.
Após do cr1me, quatro dos suspeitos pegaram um táxi e se hospedaram em um hotel da cidade. Depois, fizeram compras em uma loja. A Polícia Civil segue investigando o caso.
Fonte: g1