Presa por jogar soda cáustica em jovem disse que vítima ‘a encarava com deboche’

A jovem que confessou ter atacado Isabelly Aparecida Ferreira Moro com soda cáustica afirmou à polícia que cometeu o cr1me por ciúmes e porque a vítima a “encarava com deboche”. Isabelly, de 23 anos, foi atingida pela substância enquanto se dirigia à academia. Inicialmente, a polícia suspeitava que ela tivesse sido atingida por ácido.

“Ela disse que agiu por raiva e ciúmes após vasculhar mensagens antigas no celular do companheiro, encontrando conversas com Isabelly. Além disso, afirmou que a vítima sempre a encarava com deboche, o que teria motivado o ataque”, explicaram os delegados Tristão Borborema e Carolinne dos Santos em relatório.

O incidente ocorreu em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, na última quarta-feira (22). Isabelly sofreu queimaduras no rosto, peito e boca. A suspeita, de 22 anos, foi presa na sexta-feira (24) no pátio de um hotel da cidade.

De acordo com a delegada Carolinne, a suspeita jogou a substância em Isabelly por ciúmes do atual companheiro, que é ex-namorado da vítima. O homem está preso e ainda não foi ouvido na investigação. No interrogatório, a suspeita também disse que, após o cr1me, se desfez das roupas usadas no ataque em um matagal. Ela estava vestida de preto e usava peruca.

“Ela não demonstrou arrependimento. Solicitamos sua prisão à Justiça, que expediu o mandado. Foi um cr1me planejado. Ela afirmou que queria apenas assustar a vítima”, disse a delegada. No sábado (25), o hospital em Londrina onde Isabelly está internada informou que ela apresentou melhora, mas continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

DETALHES DO CRIME

Segundo a delegada Carolinne, a suspeita disse ter comprado a soda cáustica em um supermercado da cidade 15 dias antes do ataque. A soda cáustica, ou hidróxido de sódio, é uma substância altamente corrosiva e tóxica usada em produtos de limpeza. Se ingerida, pode causar danos severos ao sistema digestivo e, em casos extremos, levar à morte.

Após o ataque, uma testemunha encontrou uma sacola preta e um copo molhados, possivelmente usados no cr1me. A Polícia Científica informou que o material ainda não foi analisado, mas será encaminhado na segunda-feira (27) ao laboratório de Química Forense em Curitiba para perícia, que confirmará a substância utilizada. A Polícia Civil afirmou que a suspeita deverá responder por tentativa de homicídio qualificado

Fonte – Meio Norte