Novos detalhes das condições que trabalhadores da fazenda de Leonardo viviam são expostos

Novos detalhes das condições que trabalhadores da fazenda de Leonardo viviam são expostos

Os trabalhadores da fazenda de Leonardo ficavam no local encontrado em condições precárias. Mais detalhes.

O cantor Leonardo foi incluído na “lista suja” do trabalho escravo, mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de forma recente e o caso gerou repercussão na mídia.

A inclusão do artista ocorreu após uma fiscalização na Fazenda Talismã, localizada na região de Goiás. No total, 176 empregadores fazem parte da lista por submeterem trabalhadores a condições análogas à escravidão.

Na fazenda de Leonardo, seis trabalhadores foram encontrados em situação degradante. Os fiscais constataram que os alojamentos onde os empregados estavam hospedados não tinham acesso a banheiros e tinham camas improvisadas.

Além disso, havia sinais de infestação por morcegos, com fezes dos animais espalhadas pelos cômodos. Os funcionários dormiam em meio a situação precária. No link abaixo é possível conferir as fotos:

Os trabalhadores utilizaram materiais abandonados nos arredores para montar suas próprias tarimbas, usando tábuas de madeira, portas velhas e até galões de agrotóxicos como base para os colchões.

O relatório também relatou que dois irmãos dormiam juntos em um colchão de casal improvisado, enquanto outros três funcionários se acomodavam em tarimbas improvisadas. Um outro empregado dormia em uma rede própria.

As condições no alojamento eram extremamente insalubres, com formigas, escorpiões e até uma cobra morta encontrada durante a inspeção.  O banheiro, que existia no local, estava em desuso, sem água, e repleto de fezes de morcego.

Para se higienizarem, os trabalhadores precisavam improvisar com uma mangueira amarrada em uma estrutura de madeira, e usavam árvores próximas para urinar e defecar.

Em resposta às acusações, a equipe de Leonardo alegou que a propriedade estava arrendada para outra pessoa, que seria responsável pelo plantio de soja, e que ele não sabia da situação dos funcionários.

Na fazenda, entre as seis pessoas encontradas em situação análoga à escravidão, estava um adolescente de 17 anos, todos vivendo em condições extremamente degradantes, sem acesso a água potável e morando em uma casa abandonada.