Mulher que ficou em coma após tomar remédio para cólica perde 60% da visão: “Um desafio”
De acordo com o médico, “não há mais o que fazer” e ela “não deve criar expectativas”
Jaqueline Gmack foi diagnosticada com síndrome de Stevens-Johnson após ter uma reação adversa grave ao tomar uma medicação para cólica. Após 14 anos, em entrevista ao portal RIC.com.br, ela fala da perda de 60% da visão em decorrência da doença e como isso afetou sua vida social.
Jaqueline Gmack foi diagnosticada com síndrome de Stevens-Johnson após ter uma reação adversa grave ao tomar uma medicação para cólica. Após 14 anos, em entrevista ao portal RIC.com.br, ela fala da perda de 60% da visão em decorrência da doença e como isso afetou sua vida social.
A empresária, que mora em Santa Catarina, tomou ibuprofeno para as cólicas, mas começou a sentir uma leve coceira nos olhos 48 horas depois, junto com erupções cutâneas na pele. No primeiro momento, nem ela e nem os médicos souberam dizer o motivo das reações. Foi apenas algum tempo depois que os médicos deram o diagnóstico: a síndrome de Stevens-Johnson.
Segundo a empresária, já são 14 anos desde o diagnóstico e ela aprendeu a se adaptar. “Eu tento deixar tudo o mais leve possível, fazendo tudo o que tenho vontade. Fiz um curso de consultoria de imagem no começo do ano, consequentemente precisava da visão, mas era uma coisa que eu queria muito e decidi fazer. Foi um desafio. Vi que sou capaz de fazer como qualquer pessoa que tem a visão normal”, declarou ao portal RIC.com.br.
Apesar de viver a vida normalmente, fazendo tarefas domésticas e exercícios físicos, ela ainda precisa da ajuda de outras pessoas ao sair na rua. “Preciso de ajuda dependendo da claridade e da luz do dia”, explicou.
Hoje, Jaqueline está com 40% de visão. Atualmente ela faz tratamento no olho direito, mas logo deve parar. De acordo com o médico, “não há mais o que fazer” e ela “não deve criar expectativas”. Em breve, Jaqueline deve começar o tratamento no olho esquerdo, depois de 10 anos sem tratar.
Síndrome de Stevens-Johnson
A Síndrome de Stevens-Johnson é um distúrbio da pele e das mucosas, raro e grave, desencadeado pelo uso de medicações ou por infecções, que acomete pessoas adultas do sexo feminino.
A médica dermatologista Kátia Sheylla Malta Purim explicou ao portal RIC.com.br, que as manifestações clínicas aparecem cerca de 3 dias a 15 dias após a primeira ingestão do medicamento causador. Os sinais e sintomas iniciais são a febre, mal-estar, fadiga, dor de garganta, irritação ocular e lesões na mucosa.
Os principais medicamentos causadores da síndrome de Stevens-Johnson são: antibióticos, anti-inflamatórios e medicamentos para tratar convulsões, e o diagnóstico é baseado na clínica, através do histórico e exame físico do paciente.
A médica ainda afirma que o tratamento inclui suspender o medicamento causador, cuidar das feridas, controlar a dor, fazer uma hidratação adequada e a monitorização do caso.
Fonte – Ric.com.br