Marido alega tiro acidental em morte de jovem de 19 anos
Preso em flagrante, suspeito disse que disparo foi acidental. Amigo escondeu revólver e também foi detido pela polícia, mas ambos foram liberados após audiência de custódia.
Uma jovem de 19 anos morreu após ser atingida por um tiro que partiu da arma do marido, também de 19 anos. O cr1me aconteceu por volta das 21h do sábado (27), no apartamento onde os dois viviam, no Residencial Jequitibá, em Ribeirão Preto (SP).
Ana Júlia dos Santos Borsoi Pereira chegou a ser socorrida com vida e encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Por conta da gravidade dos ferimentos, ela foi levada à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas, mas morreu na tarde de domingo (28).
No sábado, em depoimento à polícia, o suspeito disse que o disparo foi acidental, pois estava manuseando a arma dentro do apartamento onde vivia com a vítima, na Avenida Professora Edul Rangel Rabello.
Antes disso, no entanto, ele chegou a afirmar aos policiais que estava em uma praça quando ouviu o barulho de tiro e viu que a namorada tinha sido atingida no tórax. Foi o suspeito que socorreu a vítima e a levou à UPA Treze de Maio.
Ele foi preso em flagrante. O amigo dele, de 21 anos, também foi detido após a polícia descobrir que ele foi chamado pelo suspeito e orientado a esconder a arma do cr1me. Os dois foram liberados após audiência de custódia.
O corpo de Ana Júlia é velado no Velório Novo Mundo e vai ser enterrado nesta segunda-feira (29) no Cemitério Bom Pastor.
Divergências no depoimento
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no sábado, o suspeito apresentou duas versões do fato aos policiais. Em um primeiro momento, ele disse que estava em uma praça quando ouviu o tiro e viu Ana Júlia ferida no tórax. Ele a socorreu e a levou até a UPA Treze de maio.
Durante o depoimento, no entanto, ele confessou que manuseava a arma quando ela disparou e atingiu Ana Júlia. Ele também disse que ligou para um amigo e deixou o apartamento aberto.
O amigo foi até o local para retirar e esconder a arma, conforme orientação do suspeito. Procurado pelos policiais, o jovem confessou envolvimento e indicou o local onde deixou o revólver, em uma árvore na Praça Joaquim Nogueira, no Recreio Anhanguera.
O boletim de ocorrência foi registrado inicialmente como lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e favorecimento pessoal.
Com a morte de Ana Júlia, no entanto, a tipificação do cr1me pode ser alterada para feminicídio. A polícia investiga o caso.