Lula se diz assustado com declaração de Maduro

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou preocupação com as recentes declarações do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Em uma entrevista concedida a agências internacionais, Lula comentou que ficou “assustado” com a fala de Maduro sobre um possível “banho de sangue” na Venezuela, caso a oposição vença as eleições marcadas para o próximo domingo.

Maduro, que busca a reeleição, sugeriu que a vitória da oposição poderia levar a uma guerra civil no país, uma declaração que gerou reações internacionais e preocupação sobre a estabilidade da região. Lula, por sua vez, enfatizou a importância do respeito ao processo democrático e aos resultados eleitorais, afirmando que “quem perde as eleições tomam um banho de voto” e que “quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.

O Brasil, segundo Lula, enviará observadores para acompanhar as eleições na Venezuela, reforçando o compromisso do país com a democracia e a normalidade no processo eleitoral. Celso Amorim, assessor da Presidência para assuntos internacionais, será um dos observadores enviados para garantir a transparência e a legitimidade do pleito.

A situação na Venezuela tem sido motivo de tensão na América Latina, com a comunidade internacional expressando dúvidas sobre a lisura das eleições. A declaração de Maduro é vista como um elemento a mais que pode comprometer a credibilidade do processo eleitoral no país.

Lula já havia se encontrado com Maduro em maio de 2023, e na ocasião, minimizou as críticas ao líder venezuelano, destacando que críticas fazem parte da democracia. No entanto, a recente declaração de Maduro parece ter alterado a percepção de Lula, que agora cobra do presidente venezuelano um compromisso com o respeito ao resultado das urnas.

Este episódio destaca a complexidade das relações internacionais na América do Sul e a importância do diálogo e do respeito mútuo entre os líderes da região. A resposta de Lula às declarações de Maduro reflete uma postura de cautela e responsabilidade com o futuro da Venezuela e da estabilidade regional.