Homem preso por suspeita de ligação com PCC doou para coordenador de plano de Boulos

Nesta terça-feira, o empresário Luiz Carlos Efigênio Pacheco, proprietário da Transwolff, foi detido em uma ação do Ministério Público que investiga possíveis conexões entre companhias de ônibus e o grupo PCC. Durante as eleições de 2020, Pacheco contribuiu com R$ 75 mil para a campanha de Antonio Donato (PT), que na época concorria a vereador e atualmente ocupa o cargo de deputado estadual, eleito em 2022.

Essa contribuição foi a única feita por Pacheco nas últimas cinco eleições e representou a segunda maior doação individual para Donato. Atualmente, Donato é um dos encarregados pelo plano de governo de Guilherme Boulos (PSOL).

Donato relatou que Pacheco o procurou para oferecer a doação, expressando o desejo de apoiar um candidato da oposição. Donato aceitou a doação sob a condição de que fosse oficialmente registrada.

Ele também mencionou que não mantém uma relação próxima com Pacheco, tendo se encontrado com ele esporadicamente nos últimos anos. Donato conheceu Pacheco em 2012 e recorda um episódio em que uma cooperativa declarou apoio a outro candidato a prefeito, levando Pacheco a esclarecer que aquela era uma situação excepcional no setor de transporte.

Quanto às alegações de vínculos da Transwolff com o PCC, Donato preferiu não opinar, enfatizando a importância de uma investigação completa sobre o assunto.