Governo do Paraná alertou União sobre “risco de tragédia” envolvendo indígenas
Em uma carta enviada à Presidência da República em outubro do ano passado, o Governo do Paraná alertou sobre os “risco de catástrofe” que ameaçam os indígenas na parte oeste do Estado. Em um documento ao qual a CNN teve acesso, o governador do estado, Ratinho Junior (PSD), pediu rapidez para uma solução pacífica que favoreça o bem-estar de todos.
“Tratando-se de uma invasão realizada por povos nativos, a administração estadual não possui autoridade para conduzir sozinha uma mediação, um papel que deve ser desempenhado pela União e pelo Poder Judiciário”, destacou.
De acordo com o governador, desde o começo das tensões, a Polícia Militar do Paraná tem intensificado a vigilância na área. “Existem protestos frequentes nas cidades, várias manifestações de associações e federações da sociedade civil engajada, além de episódios de violência, como o ocorrido com um oficial da Força Nacional que foi agredido e teve seu fuzil furtado”, informa o documento.
A Presidência da República respondeu que as informações foram repassadas aos Ministérios da Justiça e Segurança Pública, dos Povos Indígenas e à Secretaria de Relações Institucionais, conforme solicitado. Desde janeiro do ano passado, quando foram designados 30 agentes, incluindo policiais militares e bombeiros do Rio de Janeiro, a Força Nacional está na área. A ação das forças federais no local tem como objetivo reforçar a vigilância e assegurar a segurança dos indígenas na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, situada entre Guaíra e Terra Roxa.