Ex-marido mata mulher a facadas, confessa cr1me e avisa familiares: ‘Vou te mandar a localização do corpo’
No áudio, suspeito diz ter matado Patrícia, 45, após ler mensagens no celular dela; homem é procurado pela polícia
ma mulher, de 45 anos, foi encontrada morta com ferimentos provocados por faca nesta segunda-feira (15), em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba (PR), após o ex-marido dela confessar o cr1me. Em áudio enviado a familiares da vítima, o suspeito – identificado como Paulo César – diz ter feito “uma cagada” e informa a localização do corpo da técnica em enfermagem (ouça abaixo).
De acordo com a Polícia Civil, Patrícia Soares da Silva e Paulo César mantiveram um casamento por cinco anos, mas ela decidiu de separar há pelo menos três meses. Embora estivessem divorciados, ambos viviam na mesma casa em Itapoá (SC). No último final de semana, os dois percorreram cerca de 150 km para chegar em Campina Grande do Sul a fim de tratar da documentação de um imóvel na cidade.
Na data de ontem [segunda-feira, 15], por volta das 10h da manhã, ambos teriam saído para resolver a venda desse imóvel. De acordo com familiares que estiveram com eles no fim de semana, ambos não tiveram desentendimentos nesses dias”, explicou o delegado Gustavo de Pinho Alves.
Às 16h50, porém, Paulo César enviou uma mensagem de voz ao sobrinho da vítima confessando o assassinato. No áudio, o suspeito afirma ter lido mensagens trocadas entre Patrícia e outro homem. Ele também descreve a localização do corpo dela. O áudio foi divulgado pela página de notícias RBC Online.
“Peguei umas mensagens no celular dela… Ela com o Sandro, falando que vão ficar juntos depois que separar. A gente brigou feio e acabei dando uma facada nela. Não sei o que fazer. Vou descer. Já estraguei a minha vida, dela e de um monte de gente. Vou descer lá embaixo, matar o Sandro também e me entregar. Eu tô apavorado. Que cagada que eu fiz! Eu vou te mandar a localização de onde ficou o corpo dela. Vai ter, perto da fábrica de chocolate, uma rua de chão que entra no mato. Você vai entrar e, uns 50 metros para frente, o corpo dela vai estar lá”, descreve o principal suspeito do cr1me.
Após receber a mensagem, o sobrinho de Patrícia, Alisson Diogo Martins acionou a Polícia Militar (PM) e se dirigiu até o endereço apontado. No local, os familiares e a polícia encontraram o corpo de Patrícia em um matagal, às margens de uma rua situada na zona rural de Campina Grande do Sul (PR).
“De acordo com o perito que esteve no local, ela foi assassinada a facadas”, acrescentou o delegado responsável pelas investigações.
“Quando recebi os áudios, chamei a polícia e fui até o local para ver se era verdade. A gente não imaginava encontrar ela lá. Eles estavam na casa da minha mãe antes disso. Não teve nenhuma briga ou confusão. Ele não deu sinais de que faria isso”, lamentou Alisson Diogo Martins.
Segundo o delegado Gustavo de Pinho Alves, o autor do feminicídio frequentemente ameaçava a vítima de morte. Ele teria agredido Patrícia em outras ocasiões devido a ciúmes e sido baleado por uma pessoa que a defendeu em um dos episódios.
“Ele constantemente a ameaçava de morte caso quisesse se separar”, prosseguiu o delegado.
Paulo Cesar já era considerado foragido da Justiça por não pagar pensão alimentícia. Ele fugiu após matar Patrícia e não havia sido localizado até a publicação desta reportagem.
O sobrinho da vítima, Alisson Diogo Martins