‘Ele violentou e espancou e ateou fogo nas crianças que estavam dormindo’, diz delegada sobre o suspeito morto pela polícia

Lucas Kempener ameaçou ex-companheira para esperar a pior a notícia e ateou fogo nas meninas de 3 e 11 anos

Lucas Cáceres Kempener, de 24 anos, não aceitava o fim do relacionamento e invadiu a residência da ex-companheira e, ateou fogo em duas crianças de 3 e 11 anos, que estavam dentro do imóvel no dia 8 de dezembro, no município de Sidrolândia. As crianças estavam dormindo no momento da ação do suspeito.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Barbara Fachetti, o suspeito era controlador e já tinha ameaçado relatando que poderia acontecer alguma coisa com a família. “Esse investigado já vinha demonstrando para mãe dessas crianças que algo poderia acontecer, mas como toda violência doméstica, a mulher não acredita. E, infelizmente, ele investiu contra o bem mais precioso dessa mulher, que foram as crianças. Ele violentou, espancou essas crianças, pois, quando ateou fogo e as crianças estavam dormindo. Se não fosse os vizinhos, elas não teriam sobrevivido. Foi um caso brutal, um ponto fora da curva”.

“Ele não chegou agredir fisicamente a mulher, mas fez ameaças, atitudes controladoras como – hackear todas as redes sociais da ex-companheira, controlava para onde ela saia, os depoimentos das amigas dela relataram que ele fica em um bar na esquina da residência para saber quem entrava e saia do imóvel e áudios ameaçadores dizendo para ela esperar a pior notícia. Tudo isso pelo fato dele não aceitar o fim do relacionamento”, destacou a delegada.

No dia 8 de dezembro, Lucas invadiu a residência da ex-companheira pelo terreno baldio que existe ao lado do imóvel. Quando ele chegou no local, as crianças estavam dormindo e passou agredi-las. Em seguida, ateou fogo nas meninas e fugiu do local. O cachorro que também estava na casa morreu. Segundo Fachetti, a mãe das meninas estava trabalhando em um frigorífico em outra cidade e tinha o costume de deixar as pequenas com a irmã dela. Contudo, neste dia não foi possível e precisou deixá-las sozinhas.

Vale destacar que a mãe das crianças não havia registrado nenhum boletim de ocorrência contra Lucas. No entanto, no dia dos fatos, solicitou a medida protetiva contra o suspeito, mas após o cr1me, ele nunca mais procurou as vítimas. Após o cr1me, o autor chegou a ser preso em flagrante, mas durante a audiência de custódia foi liberado.

A equipe policial continuou investigando o caso e descobriu que o suspeito poderia ter abusado sexualmente da menina de 11 anos, antes de atear fogo no local. Indagada, a delegada responsável pelo caso informou que o processo está sob sigilo e já sobre o fato dele ter armazenamento de pornografia infantil também. Pois, a mãe das crianças afirmou que ele possuía vídeos de pornografia infantil e, que isso, foi motivo do término do relacionamento.

Com as investigações, foi pedido a prisão preventiva de Lucas. Na quarta-feira (24), a equipe da Delegacia de Polícia de Sidrolândia solicitou o apoio da Delegacia Rep. Roubo a Banco, Assalto e Sequestros (Garras) para o cumprimento de mandado de prisão. Porém, o suspeito reagiu à abordagem policial e disparou contra os policiais, que revidaram a injusta agressão e atingiram o mesmo com disparos de arma de fogo. O autor foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Vítimas – A criança de 11 anos que teve 80% do corpo queimado segue em coma na Santa Casa de Campo Grande. Ela sofreu traumatismo craniano e perdeu parte da massa encefálica.