Discussão, ciúmes e espada ‘artesanal’: veja detalhes sobre caso de jovem que confessou ter matado esposa e a ex

Renan dos Santos matou Luana Meirelles em casa e foi ao trabalho de Ana Júlia para matá-la, segundo a polícia. Prisão do jovem foi mantida pela Justiça.

A morte de Luana Meirelles, de 28 anos, e Ana Júlia Ribeiro, de 22, chocou os moradores da cidade de Edéia, no sul de Goiás. Segundo o delegado Daniel Moura, Renan dos Santos, de 23 anos, confessou ter matado Luana, sua esposa, e Ana Júlia, sua ex-namorada, com golpes de espada, após uma discussão motivada por ciúmes.

O cr1me
Arma “artesanal”
Imagens do cr1me
Quem são as vítimas?
Confissão e frieza
Quem é o suspeito?
Defesa
Prisão e investigação

1. O cr1me

O cr1me aconteceu na tarde do último dia 19. De acordo com a polícia, Luana Meirelles foi assassinada em sua casa a golpes de espada durante uma discussão. Após o assassinato, Renan foi até o local de trabalho de Ana Júlia, sua ex-namorada, e também a atacou diversas vezes com a mesma arma.

“Ele golpeou a companheira com uma arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão, e também a golpeou diversas vezes”, explicou o delegado Daniel Moura.

Ana Júlia foi socorrida e levada ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas faleceu dois dias depois, em 21 de setembro.

2. Arma “artesanal”

Espada usada para matar duas mulheres em Edéia, Goiás — Foto: Divulgação/PC-GO
Renan dos Santos usou uma arma branca de fabricação caseira, semelhante a uma espada, para cometer o cr1me, segundo o delegado. Segundo o delegado Daniel Moura, Renan já possuía a arma há alguns anos, mas não há informações sobre como ele a adquiriu.
3. Imagens do cr1me

Imagens divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) mostraram quando Renan invadiu o trabalho de Ana Júlia e deu diversos golpes de espada nela (assista acima).

4. Quem são as vítimas?

Luana Meirelles, de 28 anos, era uma mãe dedicada e sonhava em ser psicóloga, conforme contou sua prima, Gisane Alves. “Ela era muito trabalhadora, amava demais os filhos. Não tinha tempo ruim para ela, era difícil vê-la triste”, desabafou Gisane.

Por dificuldades financeiras, Luana não conseguiu realizar o sonho de cursar psicologia, conforme contou a prima. Natural de Caldas Novas, ela deixa três filhos — duas meninas, de 12 e 6 anos, e um menino de 10 —, frutos de relacionamentos anteriores.

Ana Júlia Ribeiro, de 22 anos, trabalhava como vendedora em uma loja em Edéia. Em suas redes sociais

profissionais, Ana Júlia participava de brincadeiras para promover os produtos, sempre com bom humor, o que divertia os clientes.

“Excelente profissional, uma vendedora que sempre estava alegre para atender”, escreveu uma cliente.
“Tinha um atendimento impecável, sempre atenciosa”, comentou outra cliente.

5. Confissão e frieza

Segundo o delegado, Renan dos Santos confessou o cr1me com frieza. Ele admitiu ter assassinado tanto sua companheira e golpeado sua ex-namorada, de acordo com o investigador.
6. Quem é o jovem que confessou o cr1me?

Renan dos Santos Moraes tem 23 anos e morava em Edéia na data do cr1me. Em suas redes sociais, o prefeito José Wagner informou que o rapaz era funcionário da prefeitura. O delegado Daniel Moura explicou que Renan trabalhava com serviços gerais.
O jovem também mantinha um perfil nas redes sociais onde compartilhava conteúdo sobre seu carro.
7. Defesa

Em nota, o advogado Paulo Sérgio, que atua na defesa de Renan, informou que acompanha o inquérito policial instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina.

8. Prisão e investigação

A prisão aconteceu no dia 19 de setembro. Os policiais civis de Edéia prenderam em flagrante Renan e ele foi autuado por feminicídio. O jovem segue preso e está à disposição da Justiça.

A Justiça manteve a prisão de Renan após audiência de custódia no dia 20 do mesmo mês.
Nota defesa Renan dos Santos

Renan passou por audiência de custódia e foi decretada a sua prisão preventiva.

A defesa, nesse momento, acompanha o inquérito policial que foi instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina.

Fonte; g1