“Comedora de cérebro”: bebê morre após infecção por ameba super-rara no Ceará

“Comedora de cérebro”: bebê morre após infecção por ameba super-rara no Ceará

A hipótese da Secretaria da Saúde é que a contaminação aconteceu através da água de um reservatório que abastecia o local onde a criança morava. Só há um registro confirmado no Brasil, de 1975

Uma bebê de 1 ano e 3 meses morreu após ter sido supostamente infectada pela “Naegleria Fowleri”, uma ameba super-rara que causou na menina uma doença chamada de “meningoencefalite”. O caso ocorreu no dia 19 de setembro em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza.

A informação foi repassada pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (9). Junto ao órgão, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) investiga o caso. A hipótese é que a contaminação teria ocorrido por meio de contato de água não tratada com as narinas da criança durante o banho ou lavagem do rosto.

SINTOMAS
O óbito ocorreu oito dias após o início dos sintomas, que foram: febre, sonolência, irritabilidade e vômito.

“No Brasil, o único relato na literatura científica sobre casos de meningoencefalite amebiana em humano causada por Naegleria ocorreu em 1975, no estado de São Paulo”, disse o Ministério da Saúde.

AMEBA SUPER-RARA

– A Naegleria fowleri é uma ameba de vida livre, um organismo unicelular que pode ser encontrado em água doce quente, como lagoas, açudes, rios e fontes termais.

– A infecção ocorre por via nasal, através da inspiração, inalação e aspiração de água pelo nariz, com maior frequência durante mergulho.

Ameba “comedora de cérebro”. Reprodução.

– A partir das narinas, a ameba migra pelo nervo olfatório até o cérebro, onde causa destruição do tecido cerebral e inflamação, resultando na meningoencefalite amebiana primária (PAM).

– A Naegleria fowleri não é transmitida pela ingestão de água contaminada. Além disso, não pode ser transmitida de pessoa para pessoa.

Com informações do g1.