Com formato de coração e excelente purificador de ar, antúrio é usado em campanha cardíaca
Os produtores da Cooperativa Veiling Holambra aproveitam a Expoflora para introduzir essas flores no “Setembro Vermelho”, mês dedicado à conscientização da necessidade da diminuição do número de casos de infartos, derrames e outras complicações cardiovasculares. A proposta é conscientizar sobre a importância dos bons hábitos para fortalecer o coração de maneira natural e saudável
Chamado de “flor do coração” por causa do formato de suas exóticas flores, o antúrio está sendo usado pelos produtores da Cooperativa Veiling Holambra para apoiar o “Setembro Vermelho”, mês dedicado às campanhas visando à diminuição do número de casos de infartos, derrames e outras complicações cardiovasculares, que ainda são uma das maiores causas de mortes no mundo.
Para tanto, os produtores e a Cooperativa Veiling aproveitam a Expoflora para iniciar o apoio à campanha idealizada em 2014 pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, organização que divulga a importância dos bons hábitos para fortalecer o coração de maneira natural e saudável. Setembro foi escolhido porque a comemoração do Dia Mundial do Coração é no dia 29 deste mês.
Na Expoflora, estruturas no formato de coração exibem antúrios vermelhos de todos os tamanhos. Centenas de vasos dessas flores, em diferentes variedades de cores, compõem dezenas de canteiros localizados na entrada e nos ambientes da Mostra de Paisagismo e Decoração, na Alameda do Beijo, nas floreiras do restaurante Casa Bela e em arranjos florais da exposição assinada pelos artistas holandeses Jan Willem e Jessica Drost.
A flor do coração será usada para ajudar a divulgar as recomendações relativamente simples para quem quer ficar longe dos riscos de infarto: alimentação equilibrada (mais natural, livre de conservantes e compostos químicos), check-up anual, prática de esportes (caminhada leve, andar de bicicleta e natação, entre outros), manter o peso ideal e afastar-se do cigarro e de outras toxinas.
Purificador de ar
Estudos feitos pela Nasa – sobre os gases tóxicos encontrados em ambientes internos – demonstram que o antúrio é uma das plantas mais indicadas para filtrar o ar. Com suas folhas escuras, o antúrio tem o poder de sugar a amônia (utilizada como gás de refrigeração), formaldeído (formol), tolueno (presente em colas, gasolina, tintas, removedores, agentes de limpeza, fumaça do cigarro e cosméticos) e xileno (usado em solventes). Por isso, os antúrios são indicados para decorar residências, escritórios e consultórios.
De acordo com o portal Into Green, o ar limpo e o melhor nível de umidade reduzem alergias e evitam afastamentos do trabalho. Pesquisas feitas pelo Fytagoras – Centro de Fitotecnologia estabelecido em Leide, na Holanda – atestam que o antúrio diminui, em minutos, o formaldeído do ambiente quando comparado com um espaço sem plantas. Outro estudo, da CNmy Construction (Shanghai Research), indica que os antúrios reduzem os VOCs (composto orgânico volátil, na sigla em inglês) em mais de 50% em prédios, no período de 24 horas, e em quase 100% em três dias.
Sobre o antúrio
O antúrio é uma planta nativa das matas de Nova Granada, na Colômbia, onde foi descoberto em 1876. Suas folhas são exóticas, em formato de coração (cordiformes). Variam de cor e de tamanho. Estima-se que, na natureza, existam mais de 900 variedades de antúrios.
A flor faz tanto sucesso na Europa, aonde chegou após as expansões marítimas, que hoje é de lá que vêm alguns dos híbridos mais coloridos e exóticos nas cores vermelha, branca, rosada, verde, marrom, roxa, vinho e mesclada. Pode ser usada no jardim ou na decoração, compondo arranjos tropicais. Por ser uma planta rústica – quase não dá trabalho -, vai bem em ambientes internos e iluminados, mas não suporta sol o dia todo.
O curioso é que as “flores” não são a parte colorida, que é, na verdade, uma folha modificada chamada “bráctea”, semelhante às do bico-de-papagaio. Suas verdadeiras flores ficam agrupadas na espiga e são quase invisíveis a olho nu. Quando a espiga fica cheia de verrugas, é sinal de que as flores vão gerar sementes.