Brasil se abstém na ONU em votação que condena o Irã por repressão às mulheres
Em uma votação das Nações Unidas (ONU) nessa quarta (20/11), países de todo o mundo expressaram suas posições em relação ao tratamento do Irã em questões de direitos humanos. A resolução buscava condenar o país por sua repressão a manifestações e a forma como lida com os direitos das mulheres. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com outros países integrantes do BRICS, decidiu se abster durante essa votação.
A decisão de abstenção foi significativa, uma vez que colocou o Brasil ao lado de outras nações emergentes que optaram por não condenar o Irã diretamente. Com a votação, 77 países apoiaram a resolução, enquanto 28 votaram contra e 66, incluindo o Brasil, decidiram pela abstenção. Essa escolha reflete a complexidade das dinâmicas políticas internacionais e a estratégia adotada pelo Brasil em casos delicados de direitos humanos.
Como a Abstenção Brasileira se Relaciona com o BRICS?
A decisão do Brasil não foi um movimento isolado, mas sim uma posição partilhada com outros membros do BRICS. Nações como China, Rússia, Índia e África do Sul também optaram por não se manifestar contra o Irã. Essa ação conjunta dos membros do BRICS demonstra uma política de não confrontação direta, entrando em contradição com o discurso de Lula durante a campanha, em preservar sempre o direito das mulheres.