Bebê de 1 ano não resiste ao receber medicação em UPA e mãe diz que houve negligência; detalhes do caso
A morte de Pedro Lucas Pereira Macedo, um bebê de 1 ano e 1 mês, chocou a cidade de Caetité, no sudoeste da Bahia, nesta semana. O menino veio a óbito após ser atendido três vezes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A mãe da criança alega negligência médica, afirmando que o filho foi medicado várias vezes sem a realização de exames.
Se fosse no meu plantão isso não teria acontecido. Já teria pedido exames. Seja forte, eu tentei fazer o máximo possível, mas não consegui salvar a vida do seu filho”, conta Natália Pereira que ouviu do médico.
O caso
O episódio teve início no dia 8 de dezembro, quando Pedro apresentou dores na garganta e no ouvido e foi levado à UPA. O bebê recebeu prescrição de ibuprofeno, dipirona e um medicamento para dor no ouvido, mas não foi submetido a exames de alergia. Após a medicação, foi liberado para voltar para casa.
Mais tarde, ainda no mesmo dia, o bebê apresentou febre de 38ºC e inchaço na garganta. Ele foi levado novamente à unidade de saúde, onde foi medicado com dipirona e profenid. Pedro começou a chorar intensamente após o atendimento, mas foi liberado outra vez. Segundo a mãe, o médico afirmou que o inchaço na garganta era resultado do choro.
“Eu falei ainda, questionei, que voltar para casa? Meu filho está doente. Não está inchada de tanto chorar. As colegas, as enfermeiras também viram isso. E mesmo assim ele pediu para eu retornar a minha residência”, conta a mãe do bebê.
Na madrugada do dia 9 de dezembro, o quadro de Pedro piorou, e ele foi levado novamente à UPA. Dessa vez, uma médica diagnosticou que o bebê estava tendo uma reação alérgica à medicação. Pedro foi transferido para a UTI, chegou a ser intubado, mas não resistiu e faleceu.
Investigação
Ao BNEWS, o secretário de Saúde de Caetité lamentou profundamente o ocorrido e se solidarizou com a família. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que está prestando todos os esclarecimentos às autoridades e iniciou uma investigação administrativa para apurar o caso.
A Delegacia Territorial de Caetité também abriu investigação e está conduzindo diligências, oitivas e aguardando laudos periciais para determinar a causa da morte do menino.