Antes de morrer de forma trágica com seu bebê, mulher ligou para amiga: ‘Cuide dos meus outros filhos’
O caso gerou uma enorme comoção.
A Espanha enfrenta uma das piores tragédias em décadas, com a morte de mais de 150 pessoas devido à maior inundação registrada em mais de 50 anos. Uma das vítimas, Lourdes María García Martín, de origem venezuelana e residente em Valência, protagonizou um dos relatos mais emocionantes desse desastre.
Pouco antes de ser levada pela enchente em Paiporta, Lourdes ligou para sua amiga Clara Andrés, prometendo que lutaria para resistir, mas, em um pedido final, pediu que ela cuidasse de seus outros dois filhos, de 10 e 13 anos.
No momento do telefonema, Lourdes estava sobre o teto do carro com sua bebê de apenas 3 meses, Angeline, enquanto o pai da criança, Antonio Tarazona, havia sido arrastado pela correnteza.
“Ela me disse que resistiria o máximo que pudesse e que, por favor, cuidasse dos outros dois filhos”, revelou Clara ao jornal espanhol El Mundo. As buscas duraram horas até que as mortes de Lourdes e Angeline foram confirmadas, e seus corpos foram encontrados na manhã seguinte.
Clara, em um ato de coragem, caminhou seis quilômetros para buscar Sofía e Bajix, filhos mais velhos de Lourdes, que aguardaram sozinhos em casa, sem eletricidade nem comunicação, enquanto a tempestade devastava a região.
Antonio Tarazona, marido de Lourdes, conseguiu se agarrar a um pedaço de ferro até ser resgatado, sofrendo apenas uma lesão no joelho. Ele compartilhou com Clara os momentos de desespero em que viu a esposa e a filha desaparecerem na enchente.
As operações de resgate continuam intensamente na região de Valência, com cerca de mil militares, bombeiros, policiais e equipes de socorristas mobilizados. O trabalho de remoção de destroços e busca por desaparecidos persiste, enquanto as autoridades e a população ainda tentam entender a magnitude dos danos.
Essa tragédia serve como um doloroso lembrete da força devastadora da natureza e da necessidade de ações de prevenção e resposta rápida para evitar que eventos extremos resultem em tamanha perda humana e sofrimento.
Fonte: Mulher Interessante