Aluguel sobe três vezes mais do que a inflação nesses estados

No primeiro semestre de 2024, o setor imobiliário registrou um aumento notável nos valores de aluguel residencial nas principais cidades brasileiras. Esse aumento foi significativamente maior do que a taxa de inflação oficial do país, implicando mudanças importantes para inquilinos e proprietários. Segundo o Índice FipeZAP, que contempla uma amostra de 25 cidades, incluindo 11 capitais, o crescimento foi de 8,02%.

Comparativamente, a inflação oficial, medida pelo IPCA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou apenas em 2,48% no mesmo período. Esse descompasso entre os dois índices ressalta uma disparidade que pode afetar consideravelmente o orçamento dos brasileiros que dependem de aluguel para moradia.

O que explica o aumento expressivo nos aluguéis?

Entre as causas possíveis para esta alta acentuada do aluguel, destacam-se a recuperação econômica pós-pandemia e o aumento da busca por imóveis devido à flexibilização do trabalho remoto.

Quais capitas lideraram essa alta?
As capitais que tiveram os maiores aumentos no período foram Brasília, com uma alta impressionante de 13,93%, seguida por Salvador, com 13,52% e Curitiba, que registrou 11,10%. Esses números indicam uma tendência crescente nas regiões que já possuem alto custo de vida, piorando a situação de quem busca moradia nesses locais.

Impacto além dos grandes centros

Não são apenas as grandes cidades que estão experimentando o aumento dos aluguéis. Outras capitais como Porto Alegre e Belo Horizonte também registraram aumentos significativos, sugerindo que o fenômeno é extensivo a diversas partes do país. Por exemplo, Porto Alegre viu seus aluguéis subirem 9,47% enquanto Belo Horizonte acompanhou com 9,25%.

Brasília: 13,93%
Salvador: 13,52%
Curitiba: 11,10%
Porto Alegre: 9,47%
Belo Horizonte: 9,25%
Recife: 8,71%
Florianópolis: 7,86%
São Paulo: 6,53%
Rio de Janeiro: 5,88%
Fortaleza: 5,70%
Goiânia: 5,16%
Este panorama sugere um alerta para quem planeja alugar imóveis nas principais cidades brasileiras nos próximos meses. A tendência de alta pode continuar, afetando ainda mais o custo de vida e a escolha de moradia dos brasileiros.