Alerta de uma guerra nuclear feitos pela Coreia do Norte

A Coreia do Norte tem aumentado suas atividades militares nas últimas semanas, gerando preocupação na comunidade internacional. Alguns analistas interpretam esses movimentos como sinais de que o regime de Kim Jong-un está se preparando para uma possível guerra, ou pelo menos para uma demonstração de força.

A Coreia do Norte está se preparando para realizar um novo teste nuclear, segundo fontes de inteligência sul-coreanas e americanas. O regime de Kim Jong-un teria movimentado equipamentos e materiais para o local onde costuma realizar as explosões nucleares, no nordeste do país.

O teste seria uma forma de desafiar a comunidade internacional, que impôs sanções econômicas e diplomáticas ao país por causa de seu programa nuclear e de mísseis. A Coreia do Norte já realizou seis testes nucleares desde 2006, o último em setembro de 2017.

O novo teste também seria uma resposta à recusa dos Estados Unidos em retomar as negociações sobre a desnuclearização da península coreana. O diálogo entre os dois países está estagnado desde o fracasso da cúpula entre Kim e o ex-presidente Donald Trump, em fevereiro de 2019, no Vietnã.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos estão monitorando de perto os movimentos da Coreia do Norte e pedindo que o país se abstenha de ações provocativas que possam aumentar a tensão na região. A China, principal aliada da Coreia do Norte, também expressou sua preocupação com a possibilidade de um novo teste nuclear e instou todas as partes a manterem a calma e o diálogo.

Entre as ações recentes da Coreia do Norte, estão:

– O lançamento de dois mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Japão, em 25 de janeiro, violando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem esses testes.
– A realização de um desfile militar em Pyongyang, em 27 de janeiro, no qual foram exibidos novos armamentos, incluindo um míssil balístico lançado por submarino e um míssil hipersônico.
– A divulgação de imagens de Kim Jong-un inspecionando uma fábrica de munições e uma base aérea, em 28 e 29 de janeiro, respectivamente, sugerindo que o líder norte-coreano está supervisionando pessoalmente o aumento da capacidade bélica do país.

Essas medidas podem ter vários objetivos, como:

– Pressionar os Estados Unidos a retomar as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, que estão estagnadas desde 2019, quando o então presidente Donald Trump e Kim Jong-un se encontraram pela segunda vez no Vietnã, mas não chegaram a um acordo.
– Enviar uma mensagem de desafio ao novo presidente americano, Joe Biden, que assumiu o cargo em 20 de janeiro e ainda não definiu uma política para lidar com a Coreia do Norte.
– Fortalecer o apoio interno ao regime de Kim Jong-un, que enfrenta dificuldades econômicas e sociais agravadas pela pandemia da covid-19 e pelas sanções internacionais.
– Testar novas tecnologias militares e aprimorar a dissuasão nuclear contra possíveis inimigos, como a Coreia do Sul e o Japão.

A Coreia do Norte é um dos países mais isolados e fechados do mundo, e suas intenções são difíceis de decifrar. No entanto, é evidente que o país continua a investir em seu arsenal nuclear e em seus meios de lançamento, representando uma ameaça à paz e à segurança regionais e globais. A comunidade internacional deve buscar formas de retomar o diálogo com Pyongyang e evitar uma escalada da tensão na península coreana.