Atleta trans é derrotada na Justiça e vai ficar fora das Olimpíadas
A nadadora transgênero Lia Thomas sofreu uma derrota significativa nesta quarta-feira, 12, em sua batalha para competir nas Olimpíadas de Paris em 2024. O Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS) rejeitou o recurso de Thomas contra as regras da World Aquatics, que proíbem atletas trans de participar de eventos femininos de elite.
Desde sua vitória no campeonato da NCAA em 2022, Thomas tem sido um ponto central nas discussões sobre a participação de atletas trans no esporte feminino. A World Aquatics introduziu novas regras após sua vitória, criando uma categoria “aberta” para incluir atletas trans, mas ainda não a implementou em competições importantes.
Thomas argumentou que as regras são discriminatórias e violam os direitos humanos e as normas do Comitê Olímpico Internacional. No entanto, a World Aquatics defendeu suas políticas, afirmando que foram desenvolvidas com base em conselhos médicos e legais de especialistas e visam proteger a integridade das competições femininas.
A nadadora, anteriormente conhecida como Will Thomas, enfrentou críticas após começar a competir em categorias femininas e quebrar recordes em competições universitárias nos Estados Unidos. Em 2021, durante o Zippy Invitational em Ohio, Lia venceu os 200m livres com um tempo de 1m41s93, sete segundos à frente da segunda colocada. Além disso, ela conquistou os 1500m livres, superando a segunda colocada por 38 segundos.
A performance de Thomas gerou um debate acalorado nas redes sociais, com defensores e críticos discutindo sua participação em competições femininas.
Sophia Lorey, ex-jogadora de futebol universitário, foi convidada para falar no evento “Fórum sobre Esporte Justo e Seguro para Meninas” na biblioteca do Condado de Yolo, Califórnia. Lorey, atualmente diretora de divulgação do Conselho da Família da Califórnia, luta para proteger o esporte feminino da entrada de atletas masculinos.
Poucos minutos após iniciar sua fala, ela foi interrompida e acusada de “uso inadequado de gênero” por usar a expressão “homens em esportes femininos”. As autoridades da biblioteca encerraram o fórum, alegando que a referência violava a política da instituição.
“Lembrar ‘homens competindo em esportes femininos’ foi suficiente para que eu fosse censurada e expulsa”, relatou Lorey. “Isso não é apenas injusto, mas também inconstitucional.”