Regina Duarte surpreende ao revelar que aceitou um cargo no governo Bolsonaro.
Regina Duarte, uma defensora fervorosa do governo Bolsonaro e ex-secretária de Cultura, fez uma declaração surpreendente na noite de terça-feira (6). Ela declarou que se sente culpada por aceitar o convite para ocupar a posição na administração do ex-presidente.
“Foi uma experiência extremamente valiosa, porém não a repetiria”, afirmou, em entrevista ao F5, na Folha de S. Paulo. Durante a noite de autógrafos do livro “O Lado B de Boni”, de autoria de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor executivo da Rede Globo, realizada na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, a declaração foi feita.
Regina é moradora de São Paulo, contudo, foi uma das primeiras a chegar ao evento. No entanto, a presença da atriz quase não foi notada por seus colegas de trabalho.
A circunstância apenas espelha a distância que se estabeleceu entre ela e o meio artístico, que, na sua maioria, condena suas posições políticas de extrema direita e sua curta estadia de 74 dias no governo de Jair Bolsonaro na função de secretária de Cultura.
A atriz passou 50 anos na Globo, antes de se engajar na política. Ela afirmou não guardar ressentimentos contra a emissora. Quando questionada sobre uma possível volta às telenovelas, Regina respondeu: “Quem sabe uma participação mínima”.
Confira algumas declarações da atriz
Regina foi questionada sobre a escassa presença de artistas no evento: “Alguns vieram me cumprimentar, sim.” Não sinto dor. Estou em paz e estou convencido de que foi uma experiência marcante, porém, não a repetiria. Foram necessários 74 dias para me mostrar que não era nem é o meu estilo. Completamente. De fato, sinto compaixão por quem frequenta essa praia. Não é simples. Portanto, estou de férias e contente. “Aprendi bastante”.
Sobre o arrependimento de aceitar o convite: “Eu sempre fiz e continuo fazendo as minhas escolhas.” Tenho uma inclinação para a aventura desde a infância e todas as chances que surgem na minha vida vejo como um aprendizado e uma experiência enriquecedora. Não deu certo, mas certamente me trará algum benefício em algum lugar. Decepção? Não faria de novo. “Atualmente, não aceitaria”.
Questionada se, mesmo assim, mantém seu apoio a Bolsonaro, ela respondeu: “Sim”. Bolsonaro, Jair e Jair. Se ele disser que se inclina para o Tarcísio, votarei nele.