Agência sanitária faz alerta e revela os perigos do ‘alisamento brasileiro’
A Academia Nacional de Medicina da França, com base em um relatório divulgado pela ANSES (Agência Nacional de Segurança Sanitária), emitiu um alerta sobre os perigos do alisamento capilar. Essa prática, popular na França e conhecida como “escova progressiva” no Brasil, tem sido associada a casos de insuficiência renal aguda. O procedimento alisa os cabelos por meses, diferentemente dos métodos temporários como pranchas de calor.
Compostos Químicos no Alisamento Brasileiro
Segundo O Antagonista, o alisamento brasileiro é realizado através da aplicação de queratina, que posteriormente é selada com calor. No entanto, os produtos utilizados contêm substâncias químicas que podem ser prejudiciais, como o ácido glioxílico. Este substituiu o formaldeído, que foi proibido devido a seus efeitos cancerígenos. O ácido glioxílico, além de outras substâncias, auxilia em alisar a fibra capilar, mas apresenta riscos significativos à saúde.
Relatório da ANSES e Complicações à Saúde
A ANSES, responsável pela vigilância dos produtos cosméticos, relatou casos de insuficiência renal aguda associados a produtos com ácido glioxílico. Os casos ocorreram pouco após a utilização do alisamento, mas, felizmente, as pessoas afetadas se recuperaram após tratamento. A agência está revisando a toxicidade renal do ácido para propor regulamentações que possam restringir seu uso nos cosméticos.
Sintomas e Prevenção
Os sintomas da insuficiência renal causada pelo ácido glioxílico podem surgir em algumas horas e incluem dores nas costas ou abdômen, além de náuseas e vômitos. É recomendada a procura imediata por assistência médica ou contato com centros de controle de intoxicação quando esses sintomas são notados. Enquanto a ANSES finaliza o estudo, autoridades recomendam cautela no uso de alisantes contendo essa substância.
Antes da conclusão das pesquisas, a comunidade médica francesa sugere vigilância no uso de produtos alisantes. A conscientização sobre os riscos associados é essencial, promovendo debates sobre o uso seguro desses produtos. A expectativa é que novas normas europeias sejam desenvolvidas para regulamentar o uso de substâncias potencialmente perigosas, garantindo a segurança dos consumidores.