John Amos, ator de “Um Príncipe em Nova York”, morre aos 84 anos
John Amos, reconhecido por seus papéis memoráveis na televisão e no cinema, faleceu aos 84 anos, conforme informou sua assessora de imprensa, Belinda Foster. Amos conquistou o público com sua atuação como patriarca em “Good Times” e como Kunta Kinte na minissérie “Roots”. Ele morreu no dia 21 de agosto de 2024, em Los Angeles, de causas naturais.
Kelly Christopher Amos, filho do ator, compartilhou uma declaração emocionada sobre a perda de seu pai. “É com profunda tristeza que compartilho com vocês que meu pai fez a transição. Ele era um homem com o coração mais gentil e um coração de ouro… e era amado no mundo todo. Muitos fãs o consideram seu pai na TV. Ele viveu uma vida boa. Seu legado viverá em seus excelentes trabalhos na televisão e no cinema como ator”.
Quem foi John Amos?
Nascido e criado em East Orange, Nova Jersey, John Amos teve uma trajetória notável antes de se consagrar na atuação. Formado em serviço social pela Colorado State University, ele inicialmente se dedicou ao futebol americano. Amos fez testes para equipes como Kansas City Chiefs, Denver Broncos e British Columbia Lions.
Em um vídeo para os Chiefs, Amos refletiu sobre sua carreira de jogador: “Tudo o que eu sempre quis fazer durante toda a minha vida foi jogar futebol profissional. Imaginei que essa seria a melhor maneira de escapar do estrato econômico em que parecíamos estar presos”.
No entanto, Amos logo percebeu que seu destino estava na atuação, após sucessivos trabalhos em Nova York como assistente social e redator. Ele deu início à sua ascensão em Hollywood com o papel do meteorologista Gordon “Gordy” Howard em “The Mary Tyler Moore Show”.
Por que “Good Times” foi um marco na carreira de John Amos?
Após pequenas participações em diversos programas de TV na década de 1970, John Amos consolidou-se como estrela ao interpretar o severo pai James Evan em “Good Times”. Essa atuação fervorosa o tornou uma figura conhecida nas televisões americanas.
Atuação em “Good Times”
Participação em “Love American Style”, “Sanford and Son” e “The New Dick Van Dyke Show”
Disputas criativas sobre a representação da família negra na série
Em uma entrevista de 2020, Amos disse que saiu da série após divergências com os roteiristas sobre a maneira como a família negra estava sendo retratada. Ele acreditava que tinha uma compreensão mais autêntica do que era ser um pai negro, uma visão que eventualmente foi aceita pelo criador do programa, Norman Lear.
Como foi a atuação de John Amos em “Roots”?
A minissérie “Roots”, de 1977, marcou um ponto de virada na carreira de John Amos. Interpretando Toby, a versão adulta do escravizado Kunte Kinte, Amos recebeu aclamação da crítica e uma indicação ao Emmy. Ele descreveu o papel como transformador, tanto em termos profissionais quanto humanísticos.
Durante uma entrevista à revista Time em 2021, Amos ressaltou: “Foi o ápice de todos os equívocos e papéis estereotipados que eu tinha vivido e visto sendo oferecidos a mim. Foi como uma recompensa por ter sofrido essas indignidades”.
Quais foram os outros trabalhos marcantes de John Amos?
Além de “Good Times” e “Roots”, John Amos teve vários papéis amados ao longo dos anos. Ele interpretou Cleo McDowell na comédia clássica de Eddie Murphy, “Um Príncipe em Nova York” (1988) e sua sequência de 2021.
“The Mary Tyler Moore Show”
“Love American Style”
“Good Times”
“Roots”
“Um Príncipe em Nova York”
Em 2023, Amos enfrentou alegações de abuso de idosos e problemas de saúde, rapidamente desmentidas pelo próprio ator. “Para todos os meus fãs, quero que saibam que estou bem. Não estou na UTI nem nunca lutei pela minha vida”, declarou.
Com uma carreira repleta de sucessos e desafios, John Amos deixou um legado indelével no mundo do entretenimento. Seus fãs e colegas relembram com carinho a jornada de um ator cuja arte refletia tanto sua paixão quanto sua humanidade.