Caso Helmarta: Corpo de mulher encontrado dentro de mala a 25 metros de profundidade, é sepultado sob forte comoção
O caso gerou uma onda de revolta na comunidade local.
O sepultamento de Helmarta Sousa Santos Luz, de 38 anos, ocorrido neste sábado (28) em Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, foi marcado por grande comoção e revolta. Familiares e amigos se reuniram para prestar as últimas homenagens à auxiliar administrativa e seguiram em caravanas de Valença, cidade onde ela morava, até Mutuípe.
Durante o cortejo de aproximadamente 800 metros, que seguiu em direção ao cemitério da cidade, houve muitos aplausos, homenagens e manifestações pedindo por justiça e o fim da violência contra a mulher.
Helmarta havia desaparecido na última terça-feira (24) e seu corpo foi encontrado na tarde de sexta-feira (27) no rio Jacuripe, em um trecho da Ponte do Funil, em Itaparica.
O corpo foi localizado dentro de uma mala a 25 metros de profundidade por equipes de salvamento. O cr1me chocou a comunidade local e trouxe à tona o sofrimento de uma mulher vítima de um relacionamento abusivo.
O ex-marido de Helmarta, Carlos Mendes Júnior, confessou ter cometido o assassinato. Ele relatou à polícia que, no dia do cr1me, estrangulou a vítima com uma corda e, em seguida, transportou o corpo de Valença até a Ponte do Funil, onde o arremessou de uma altura de 20 metros.
Carlos, que foi preso na quinta-feira (26), já havia sido apontado como o principal suspeito desde o início das investigações. Ele tentou fornecer um álibi, mas se contradisse várias vezes em seu depoimento, o que levantou ainda mais suspeitas sobre sua participação no cr1me.
Câmeras de segurança desmentiram a versão apresentada por ele, e sinais de arranhões em seu corpo reforçaram as suspeitas dos investigadores. Pressionado pelas provas, ele acabou confessando o cr1me e indicando o local onde havia deixado o corpo de Helmarta.
De acordo com familiares e amigos da vítima, o relacionamento entre Helmarta e Carlos durou 16 anos, e eles tinham uma filha de 15 anos. O casal estava separado há oito meses, mas o homem não aceitava o fim da relação.
Segundo relatos, Carlos apresentava comportamentos abusivos e demonstrava um ciúme excessivo, o que teria levado Helmarta a decidir pela separação. Mesmo após o término, o ex-marido continuava a tentar reatar o relacionamento e não aceitava a independência da vítima.
A morte de Helmarta traz à tona, mais uma vez, o problema do feminicídio no Brasil, um cr1me motivado por questões de gênero, que muitas vezes ocorre devido à não aceitação do término de relacionamentos.
A morte de Helmarta traz à tona, mais uma vez, o problema do feminicídio no Brasil, um cr1me motivado por questões de gênero, que muitas vezes ocorre devido à não aceitação do término de relacionamentos.
As investigações continuam, e as autoridades não descartam a possibilidade de que Carlos tenha recebido ajuda para cometer o cr1me. O carro do suspeito será periciado para buscar mais evidências, e ele deve ser ouvido novamente para esclarecer se houve a participação de terceiros.