Debate do Flow acaba com Marçal expulso e marqueteiro de Nunes agredido com soco; vídeos!
O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi expulso do debate realizado na noite desta segunda-feira (23) pelo podcast Flow News. Nos momentos finais da discussão, o ex-coach afirmou que, se vencer as eleições, a Polícia Federal prenderá o prefeito e candidato Ricardo Nunes (MDB) por conta do que chamou de “esquema das merendas”.
Três advertências
Seguindo as regras previamente estabelecidas e acordadas entre os candidatos, o jornalista e mediador Carlos Tramontina advertiu Marçal três vezes, o que, conforme as diretrizes, resultou em sua exclusão do evento.
Durante sua saída, houve uma confusão entre as equipes de campanha presentes, e, segundo Carlos Tramontina, um assessor de Ricardo Nunes teria sido agredido com um soco no rosto
COMO FOI O DEBATE
Os candidatos à prefeitura de São Paulo participaram, na noite desta segunda-feira (23) de um debate organizado pelo Grupo Flow em conjunto com o Nexo Governamental XI de Agosto, da USP. Com informações do O Globo.
Estavam presentes os seis candidatos mais bem colocados nas pesquisas: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo).
Diferente dos debates anteriores, o formato do evento não permitiu que os candidatos fizessem perguntas diretas aos adversários, resultando em um ambiente com menos confrontos.
Atraso
O debate, inicialmente previsto para as 20h, começou apenas após as 20h30, após uma introdução extensa e aparentemente improvisada pelos apresentadores. Segundo algumas campanhas, o estúdio contava com um número maior de assessores de Marçal do que o permitido, o que atrasou o início do programa, pois dois assessores precisaram ser retirados.
A assessoria do Flow afirmou que o atraso foi “normal” e que a situação com a equipe de Marçal foi rapidamente resolvida. Já a equipe do candidato confirmou que houve um atrito com a organização, resultando no atraso.
Este foi o oitavo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, sendo que o encontro anterior aconteceu nos estúdios do SBT, na sexta-feira. Os candidatos voltarão a se encontrar no próximo sábado (28), em evento promovido pela TV Record.
Segundo a última pesquisa Datafolha, Nunes lidera a corrida com 27% das intenções de voto, seguido de perto por Boulos, com 26%. Marçal aparece em terceiro, com 19%, enquanto Tabata (8%), Datena (6%) e Marina (3%) têm menor pontuação.
Além do atraso, quase houve um desfalque no debate. Nunes anunciou que não participaria devido a compromissos de campanha, mas mudou de ideia após Boulos insinuar que ele estaria “fugindo” do confronto.
Discussão nos bastidores
Antes do início do debate, Marçal e Nunes se envolveram em uma discussão nos bastidores. Ao se encontrarem nos corredores do Clube Sírio, Marçal gritou ofensas a Nunes, que respondeu, gerando um bate-boca.
Boulos, por sua vez, falou sobre um provável comício com Lula no final de semana, enquanto Datena e Tabata não concederam entrevistas na chegada. Tabata mencionou que pretende contestar o direito de resposta concedido a Marçal.
Debate de temas
A primeira pergunta do debate foi sobre a situação das pessoas em situação de rua e direcionada a Datena, com comentários de Boulos. O tucano criticou a atual gestão pela falta de prioridade nessa área, enquanto Boulos defendeu a criação de programas de emprego e qualificação para ajudar as pessoas a saírem das ruas.
O debate sobre segurança pública e sistema prisional trouxe divergências entre Boulos e Tabata. Boulos destacou a necessidade de tratar egressos do sistema prisional de maneira diferenciada, enquanto Tabata ressaltou a importância de prevenir o cr1me através da educação.
Marçal fez críticas ao trânsito e comparou a violência no trânsito à cadeirada de Datena em um debate anterior. Ele defendeu a implementação de programas de reciclagem para motoristas e o fortalecimento da inteligência emocional.
Marina Helena enfatizou a necessidade de rever as rotas de trânsito e melhorar a sinalização da cidade para reduzir acidentes, especialmente envolvendo motociclistas.
Quando o tema mudou para monumentos históricos e áreas tombadas, Marçal usou a oportunidade para criticar a gestão de Nunes, enquanto Marina defendeu a digitalização dos processos para facilitar a preservação do patrimônio histórico.
Fonte: Meio Norte