Estudante que foi morta pelo ex com mais de 30 facadas tinha conseguido medida protetiva uma semana antes do cr1me

Rafael Moura Lucas, que é ex-namorado da vítima, foi preso. Ele confessou o cr1me à polícia.

A estudante Ariane Martins Duarte, de 31 anos, tinha conseguido na Justiça uma medida protetiva contra o ex-namorado, o açougueiro Rafael Moura Lucas, cerca de uma semana antes de ser morta por ele a facadas, em Piracanjuba, no sul goiano. A informação foi repassada ao g1 pelo delegado do caso, Leylton Barros.
“Na semana anterior ao cr1me ela requereu medidas protetivas e já estava vigente”, afirmou o delegado.

O g1 não conseguiu localizar o advogado de defesa de Rafael Lucas para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. No momento em que foi preso pela Polícia Militar, em 13 de setembro, o açougueiro confessou o cr1me.

Segundo o delegado, a vítima e o suspeito tiveram um relacionamento por cerca de seis anos, mas romperam há pouco tempo e o ex-namorado não aceitava o fim da relação. O cr1me aconteceu na quinta-feira (12), no meio da rua, e vizinhos viram quando o suspeito fugiu.

Um vídeo mostra os dois próximos ao portão de uma casa. Em determinado momento, o homem partiu para agredir Ariane. Em seguida, eles cruzaram o portão e ficaram dentro da área da residência por alguns minutos. Na sequência, a filmagem mostra que o homem saiu da casa arrastando Ariane pela calçada. Depois de mais algumas agressões, ele foi até o carro, voltou e matou Ariane com mais de 30 facadas.

Vítima contou nas redes sobre violência

Nas redes sociais, Ariane se apresentava como mãe de um menino e estudante do primeiro ano do curso de técnico em enfermagem. Ela dizia ser apaixonada por pets e pescaria, e compartilhava mensagens motivacionais.
A vítima também contou, em algumas postagens na internet, ter sido vítima de violência doméstica. Em um vídeo, Ariane deu detalhes sobre a reação que teve durante uma agressão que sofreu.
“Infelizmente eu participei dessa trend, porque quando um homem levantou a mão para mim e me agrediu, eu fiquei no canto com medo e chorando. Pior dor do mundo”, escreveu a mulher.

Fonte: g1