AGORA: servidores do Banco do Brasil entram em greve; veja os estados
Os bancários do Banco do Brasil de diversos estados do país iniciaram uma greve nesta segunda-feira (16/9), com duração indeterminada. Esse movimento grevista abrange os bancários na Paraíba, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, conforme levantamento realizado pelo portal Metrópoles. O motivo principal para a paralisação é a discordância com a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Segundo o site, os servidores mobilizados argumentam que os percentuais propostos não atendem às necessidades da categoria, que se sente com os salários arrochados. A proposta de reajuste salarial de 4,64% para 2024 e 0,6% de aumento real para 2025 foi considerada insuficiente pelos trabalhadores, que reivindicam melhores condições de trabalho e maior valorização.
Qual é a proposta de reajuste salarial da Fenaban?
Segundo o Sindicato dos Bancários, a proposta de reajuste salarial foi fruto de intensas negociações com o banco público, culminando em um acordo assinado após 10 rodadas de discussão. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) prevê um reajuste de 4,64% em 2024, acima da inflação, e 0,6% de ganho real para 2025. No entanto, os servidores consideram os percentuais insuficientes e argumentam que não são adequados para atender às necessidades financeiras da categoria.
Quais são os principais pontos do acordo?
O acordo firmado com a Fenaban incluiu, além dos reajustes, outros pontos importantes para os funcionários do Banco do Brasil. Os principais itens são:
Resolução de questões relacionadas à saúde e previdência de funcionários oriundos de bancos incorporados até 31 de julho de 2025.
Reintegração dos vigilantes em todas as unidades de varejo do banco, com ou sem numerário, já em setembro.
Elevação da verba destinada a viagens de serviço, com revisão bianual dos valores.
Redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários responsáveis por pessoa com deficiência (PCD), que trabalham 8 horas diárias, e 1 hora para aqueles que trabalham 6 horas diárias.
A negociação será encerrada?
A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, afirmou que a negociação não se encerra com o acordo firmado. “Seguiremos juntos na luta permanente por melhores condições de trabalho, direitos e valorização do funcionalismo do Banco do Brasil”, declarou. Esse posicionamento indica que os bancários continuam mobilizados e dispostos a lutar por melhorias.
Apesar do acordo assinado, os bancários do Banco do Brasil continuam insatisfeitos com os percentuais de reajuste e as condições de trabalho oferecidas. A greve é uma demonstração clara de que a categoria está disposta a continuar lutando por seus direitos e melhores condições de trabalho. Nesse cenário, é essencial que a Fenaban e outras partes envolvidas permaneçam abertas ao diálogo e busquem soluções que atendam às necessidades dos bancários.