O vírus MPOX se espalhando no Brasil, veja os sintomas

O MPXV foi identificado pela primeira vez em 1958. Ele causa uma zoonose viral, ou seja, uma doença transmitida entre pessoas e animais. Veja em ilustrações como é sua composição, quais são seus tipos e de que forma ele se espalha no corpo humano. A mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais. A transmissão se dá, por exemplo, por contato próximo a fluidos corporais de uma pessoa contaminada ou por arranhões, ou mordida do animal com a doença (entenda). Alguns dos sintomas são dor de cabeça, gânglios inchados e erupções na pele.

A “‘varíola dos macacos”, como era então chamada essa doença, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958.
Hoje, porém, já sabemos que a infecção que recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana também pode ser transmitida por roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso a mudança de nome. A doença é causada pelo vírus chamado MPXV (do inglês, monkeypox virus). Esse vírus pertence à família dos Orthopoxvirus, um dos maiores e mais resistentes vírus de DNA já conhecidos.

O organismo de vigilância sanitária da União Africana declarou uma emergência de saúde pública devido ao aumento do surto de varíola no continente, afirmando que se trata de um “apelo à ação”.
A Organização Mundial de Saúde realizou na quarta-feira uma reunião de peritos para decidir se o surto de varíola em África deve ser declarado uma emergência de saúde pública mundial.

A reunião de 16 personalidades internacionais ocorre depois de o organismo de controlo da saúde da União Africana ter declarado a sua própria emergência de saúde pública devido ao surto crescente.

O surto de varíola tem varrido vários países africanos, em especial a República Democrática do Congo, onde o vírus, anteriormente designado por varíola do macaco, foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970.

“O Mpox já ultrapassou as fronteiras, afectando milhares de pessoas em todo o nosso continente, famílias foram destroçadas e a dor e o sofrimento atingiram todos os cantos do nosso continente”, afirmou Jean Kaseya, chefe dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), durante uma conferência de imprensa online.

De acordo com os dados do CDC de 4 de agosto, registaram-se 38 465 casos de varíola e 1 456 mortes em África desde janeiro de 2022.

É a primeira vez que a agência com sede em Adis Abeba utiliza o poder de segurança continental que lhe foi atribuído em 2022.

Espera-se que a decisão ajude a mobilizar dinheiro e outros recursos numa fase inicial dos esforços para travar a propagação da doença.

Boghuma Titanji, professor assistente de medicina na Universidade de Emory, nos Estados Unidos, afirmou que a declaração do CDC é um “passo crucial” para melhorar a coordenação entre os países africanos e incentivá-los a afetar fundos para combater o surto.

“Embora tenha havido críticas substanciais aos doadores estrangeiros por apoio inadequado, a dependência excessiva da ajuda externa evidenciou uma falha importante nos actuais esforços de resposta”, afirmou Titanji num comunicado.

 

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