Ex-governador do Rio diz que Bolsonaro interferiu na PF e Abin
O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal (PF) e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A acusação surgiu após a divulgação de uma gravação feita por Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin e atual deputado federal. Na gravação, Bolsonaro menciona que Witzel prometeu “resolver” o caso de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, em troca de uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) .
A reunião, realizada em 2020, também contou com a presença do general Augusto Heleno e advogados de Flávio Bolsonaro. Durante a conversa, foram discutidas formas de utilizar órgãos do governo para anular investigações sobre o esquema de “rachadinha” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro.
Witzel negou as acusações e afirmou que Bolsonaro deve estar em “confusão mental” . A gravação faz parte de uma investigação sobre o uso da estrutura da Abin para espionagem ilegal de autoridades.
O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fez acusações de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria interferido nos trabalhos da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo.
Em entrevista recente, Witzel afirmou que Bolsonaro teria atuado para obstruir investigações da PF e da Abin que poderiam implicá-lo em escândalos de corrupção e outros cr1mes. Segundo Witzel, Bolsonaro teria pressionado os diretores dessas instituições para que não avançassem em certas linhas de apuração.
“Eu presenciei diversas vezes Bolsonaro telefonando para os diretores da PF e da Abin, dando ordens e intervindo diretamente nos trabalhos dessas agências”, declarou Witzel. “Ele queria manter um controle sobre as investigações para evitar que chegassem até ele.”
As acusações de Witzel corroboram relatos anteriores de outros ex-integrantes do governo Bolsonaro, que também denunciaram a interferência do então presidente nas atividades da PF e da Abin. Essas supostas ações de Bolsonaro são vistas como tentativas de obstruir a justiça e esconder possíveis envolvimentos em esquemas de corrupção.
O Palácio do Planalto e os ex-diretores da PF e da Abin durante o governo Bolsonaro ainda não se pronunciaram sobre as acusações feitas por Witzel. É esperado que haja uma investigação mais aprofundada sobre essas alegações de interferência política nas instituições de segurança e inteligência do país.